Existe um tipo especial de tensão que estimula
a cabeça a criar novas soluções e ideias. Parece contraditório, mas o estresse
pode ser o empurrão necessário para aumentar a criatividade. Não estamos
falando de um estresse genérico, que faz mal à saúde. Existe um tipo especial
de estresse que é construtivo e estimula a cabeça a produzir novas ideias.
Cientistas estudaram a alunos de cinco escolas.
Cada participante avaliava de 1 a 5 o quanto de estresse seu dia a dia gerava
nos estúdios. O questionário dividia essa tensão em dois tipos. Na primeira
etapa, os alunos avaliavam o número de projetos em que trabalhavam, o tempo que
passavam na escola e os deadlines requisitados para cada tarefa. O segundo
grupo de questões pedia que analisassem o estresse gerado pelo ambiente da
escola e pela relação entre os companheiros e professores.
Foi aí que os pesquisadores concluíram que o estresse
não é tudo igual. Dos participantes, os mais criativos não eram aqueles que
declaravam baixos níveis de estresse no geral, mas os que estavam estressados
com as situações do primeiro tipo. É o que os cientistas chamam o Estresse do Desafio: para lidar com
prazos e grandes responsabilidades (que geram tensão), os alunos acabam criando
soluções inovadores e positivas e, no final, se sentem realizados.
Por outro lado, as tensões sociais e
organizativas da escola, que os pesquisadores chamam o Estresse do Obstáculo, bloqueavam o fluxo de novas ideias e a
criatividade dos alunos.
A pergunta é que mesmo que o Estresse do Desafio gere muitas
propostas novas, como estimular os alunos a colocá-las em prática?
Para que as soluções criativas que surgem sejam
postas em prática, o que funciona, segundo o estudo, é um ambiente inovador.
Essa atmosfera só surge quando existe autonomia, apoio dos educadores, recursos
suficientes e uma sensação de segurança que evita que o aluno criativo gaste
energia se perguntando se está prestes a ser reprovado.
A combinação ideal é uma escola segura e
inovadora.
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