Além disso, o relatório considera
que há mais de 95% de certeza para afirmar que o homem causou mais da metade da
elevação média da temperatura entre 1951 e 2010. Neste período, o nível dos
oceanos aumentou 19 centímetros.
O documento ressalta que
parte das emissões de CO2 provocadas pelo homem continuará a ser absorvida
pelos oceanos. Por isso, é praticamente certo (99% de probabilidade) que a acidificacao dos mares vai aumentar, afetando profundamente a vida marinha.
A mudança de temperatura da
superfície do planeta deve exceder 1,5 graus, e, provavelmente, será superior a
2 graus. É muito provável que as ondas de calor ocorram com mais frequência e
durem mais tempo. Com o aquecimento da Terra, esperamos ver regiões atualmente
úmidas recebendo mais chuvas, e as áridas, menos, apesar de haver exceções.
Os especialistas fizeram
quatro projeções considerando situações diferentes de emissões de gases-estufa.
Em todas, há aumento de temperatura. As mais brandas ficam entre 0,3 ºC e 1,7
ºC. Nestes casos, seria necessário diminuir muito as emissões. Já no cenário
mais pessimista, o aquecimento ficaria entre 2,6 ºC e 4,8 ºC.
O relatório reafirma
algumas certezas e vai além. Aponta a perda de massa de gelo, o aumento do
nível dos oceanos, o incremento de chuvas onde já se chove muito, além da
diminuição da umidade nas regiões mais áridas.
A ciência está dando uma
mensagem clara: é preciso diminuir as emissões. Isso significa levar os temas
relacionados às mudanças climáticas para as decisões políticas.
Hoje o aquecimento global
ainda é um tema marginal. Estamos sendo pouco responsáveis.