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22/11/2013

O Maranhão...outro Brasil




Este estado do nordeste do Brasil certamente não é bem conhecido fora das fronteiras do imenso país sul-americano e, de fato, em minha opinião, ainda não foi totalmente descoberto até pelos próprios brasileiros.
Certamente, o Maranhão parece suficientemente longe daqueles que são os estereótipos do Brasil que todos sabemos: não há grandes cidades tipo o Rio ou o São Paulo, não há praias superlotadas com turistas, como Copacabana ou Ipanema, não há vida noturna com mega- discotecas, até mesmo a música é diferente, os ritmos e sons tradicionais africanos são preferíveis ao samba.
Nesta área do Brasil são as condições da natureza que regulam a vida dos habitantes. Será que este modo de vida tão simplesmente relacionada a eventos naturais como o nascer do sol, o crepúsculo, as marés, o sol, a chuva, o vento, o que torna esta população genuína, sempre feliz e sorridente, incrivelmente hospitaleira e generosa com estranhos enquanto em uma situação geral de pobreza que permanece sempre digna.
Maranhão é um pedacinho do nordeste do Brasil, que começa exatamente onde finalizam as últimas ramificações da floresta amazônica e vai direto para as ondas do Oceano Atlântico.
São Luís, a capital sobre a Baía de São Marcos foi uma fonte de disputas amargas entre os franceses, holandeses e portugueses. Em seu centro histórico, chamado "a Zona”, há mais de 3.500 prédios construídos com arquitetura lusitana (agora protegidos como patrimônio da humanidade).
Mas São Luís também é um ponto de partida ideal para descobrir as mais belas praias desta parte do Nordeste brasileiro. Elas começam a partir da Ponta de Areia e de São Marcos, a poucos quilômetros do centro da cidade e frequentado por surfistas, para chegar, em cerca de três horas
de carro para as dunas de areia do Parque Nacional de Lençóis Maranhenses. Os famosos lençóis de Maranhão: grandes dunas brancas de quartzo muito fino que correm ao longo da costa. São dunas móveis, que às vezes ultrapassam 40 metros de altura, são formadas na parte inferior por milhares de lagos alimentados pela água da chuva. Um território em constante movimento, uma sucessão de montanhas de areia que nascem e morrem de acordo com os caprichos do vento e das marés.
Este paraíso natural, hoje parque nacional, foi descoberto por acaso: os pilotos com seus aviões que cobriam a rota Belém- Fortaleza, de repente, vira uma paisagem que mudava indo do verde da selva a um branco e brilhante território lunar. Do alto, parecia uma enorme extensão de lençóis, impressão de que este parque recebeu seu nome. Um lugar ainda intacto onde a natureza se deixa olhar e admirar sem pedir nada em troca, a não ser respeito.

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